Em um cenário social de déficit em alimentação, notáveis homens do meio cientifico perceberam a necessidade de impulsionar o desenvolvimento tecnológico na área de alimentos, pois em um enorme país como o Brasil, ainda não haviam formas de especialização de profissionais destinados a produção e desenvolvimento de produtos no setor alimentício, apenas algumas disciplinas relacionadas à área, mas nenhuma cuidava da tecnologia de todos os tipos de alimentos, com aplicação simultânea da ciência e da engenharia na fabricação, distribuição e consumo dos produtos. As disciplinas existentes eram ministradas em cursos que não possuiam formação destinada ao profundo entendimento da produção alimentar; como farmacêuticos, veterinários, químicos e agrônomos.
Inserindo-se nesta moldura, homens dão início a projetos inspiradores da Faculdade de Tecnologia de Alimentos da UNICAMP, que de início já seria pioneira na América Latina. Uma comissão organizadora foi nomeada, composta por: Dr. Zeferino Vaz (Presidente), Dr. Paulo Gomes Romeu e Dr. Antonio Augusto de Almeida. Meses depois, a comissão visitou o Centro de Pesquisas e Tecnologia de Alimentos em Campinas e mostrou a enorme necessidade de impulso neste setor do país. Para acompanhar o desenvolvimento científico de outros paises, o Brasil teria que se adequar a novas tendências, não apenas na larga escala de produção, mas também na inovação tecnológica de equipamentos, industrialização e conservação de alimentos. Para isso era necessário também a formação especializada de profissionais capacitados para estas tarefas.
André Tosello, grande precursor destes estudos no Brasil, elaborou um ante-projeto que depois foi aprovado, autorizando a instalação e o funcionamento da Faculdade de Tecnologia de Alimentos.O curso de Tecnologia de Alimentos foi implantado na Universidade de Campinas em 1967 e reconhecido em 1971 pelo Decreto Federal no. 68644, sendo suas atividades regulamentadas pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia pela Resolução 218/72.
 |
Área industrial da FTA: Zeferino Vaz cuida da apresentação para as autoridades. |
Em um cenário histórico, onde o presidente Médice inaugurava a Tranzamazônica, Zeferino e Tosello inauguravam os três primeiros prédios da FEA.
 | |
Descerramento da fita inaugural da FTA da Unicamp: o diretor André Tosello, o reitor Zeferino Vaz e o prefeito de campinas Lauro Pérocles. | |
 | |
Um total de 4.700 metros quadrados de área útil, foram ocupados nos anos de 1972 e 1973. | |
O primeiro grande desafio foi definir o modelo a ser implantado.O curso deveria ter viés tecnológico, de curta duração, ou avançar para a pesquisa científica, com prazo mais longo? Então analisando as necessidades atuais, decidiram por um curso de engenharia plena, em cinco anos. Dessa forma, o nome do curso foi mudado de Tecnologia de Alimentos para Engenharia de Alimentos, pois alguma atribuições na industria de alimentos só ser desenvolvidas por engenheiros, como os seus conhecimentos em processos tecnológicos e dos equipamentos envolvidos na industrialização de alimentos.
A primeira turma foi composta por apenas seis estudantes, formando-se dois anos depois.
Eram eles: Antonio de Melo Serrano, Iracema de Oliveira Moraes, José Benício Nunes de Miranda, Luiz Henrique Marchi, Maria Amélia Chaib Moraes e Manoel Machado Pereira. A colação de grau, realizada em 17 de março de 1970, teve Serrano como orador da turma e Iracema, que em 1982 se tornaria a primeira ex-aluna a ocupar o cargo de diretora da FEA, fez o juramento.
Eram eles: Antonio de Melo Serrano, Iracema de Oliveira Moraes, José Benício Nunes de Miranda, Luiz Henrique Marchi, Maria Amélia Chaib Moraes e Manoel Machado Pereira. A colação de grau, realizada em 17 de março de 1970, teve Serrano como orador da turma e Iracema, que em 1982 se tornaria a primeira ex-aluna a ocupar o cargo de diretora da FEA, fez o juramento.
 |
Iracema de Oliveira Moraes recebe o diploma: primeira ex-aluna a tornar diretora da FEA |
Nestes quarenta anos de existência, a FEA já formou 2.022 alunos na graduação, além de 1.017 mestres e 652 doutores. Desenvolveu mais de 5 mil pesquisas em toda a cadeia produtiva de alimentos. Foram registradas 26 patentes, das quais 5 estão licenciadas. O número de inventos corresponde a quase 10% de todas as patentes geradas pela Unicamp.
A partir de então, a Engenharia de Alimentos expandiu por todos estados do país, desenvolvendo e aprimorando a industria alimentícia, garantindo o crescimento científico e tecnologico brasileiro em escala industrial, inovando em produtos que facilitam e auxiliam na melhoria na qualidade de vida dos consumidores.
Engenharia de Alimentos ou engenharia alimentar é o ramo da engenharia referente ao processamento, seja no desenvolvimento, fabricação, conservação, armazenamento, transporte e comercialização.Este ramo da engenharia prevê conhecimentos tecnológicos essenciais na formação de profissionais que atuam desde a chegada das matéria-primas até o produto final embalado e rotulado. Para que todo esse processo ocorra, é necessário uma vasta gama de conhecimento em física, química, matemática e biologia, além de conceitos de economia e administração. Esse enfoque no processo produtivo em si diferencia esta área do conhecimento da nutrição, com o qual pode ser por vezes confundido.Não obstante, o engenheiro dos alimentos deve obrigatoriamente ter sólidos conceitos de nutrição, pois, de modo contrário, não seria possível a produção de alimentos com características nutricionais desejadas.
§ Indústria de produtos alimentícios
Na Universidade Federal do Ceará (UFC) o curso pertence ao Centro de Ciências Agrárias - CCA. Este foi criado em 12 de setembro de 1975. O curso é reconhecido pelo ministério da educação e cultura - MEC como engenharia de alimentos, em 7 de agosto de 1984.
Um pouco sobre o curso
Engenharia de Alimentos ou engenharia alimentar é o ramo da engenharia referente ao processamento, seja no desenvolvimento, fabricação, conservação, armazenamento, transporte e comercialização.Este ramo da engenharia prevê conhecimentos tecnológicos essenciais na formação de profissionais que atuam desde a chegada das matéria-primas até o produto final embalado e rotulado. Para que todo esse processo ocorra, é necessário uma vasta gama de conhecimento em física, química, matemática e biologia, além de conceitos de economia e administração. Esse enfoque no processo produtivo em si diferencia esta área do conhecimento da nutrição, com o qual pode ser por vezes confundido.Não obstante, o engenheiro dos alimentos deve obrigatoriamente ter sólidos conceitos de nutrição, pois, de modo contrário, não seria possível a produção de alimentos com características nutricionais desejadas.
O engenheiro de alimentos possui competências para atuar dentro dos seguintes segmentos:
§ Indústria de produtos alimentícios
§ Indústria de insumos, equipamentos e embalagens para a indústria alimentíciaI
§ Empresas de Serviços
§ Órgãos e instituições públicas
§ Fiscalização e auditorias
§ Consultoria
§ Instituições de ensino
§ Instituições de ensino
§ Instituições de pesquisa
As maiores empresas do Ceará na área de alimentos
M. Dias Branco S/A Ind. e Com. de Alimentos
J Macêdo S/A
NORSA REFRIGERANTE LTDA.
PELAGIO OLIVEIRA S/A
GRANDE MOINHO CEARENSE S/A
DUCOCO PRODUTOS ALIMENTÍCIOS S/A
CASCAJU AGROINDUSTRIAL S/A
COMPANHIA DE ALIMENTOS DO NORDESTE
CIA BRASILEIRA DE LATICINIOS - CBL
CIA BRASILEIRA DE RESINA - RESIBRAS
COMPANHIA INDUSTRIAL DE ÓLEOS DO NORDESTE - CIONE
DISPA-INDUSTRIA DE RAÇÕES S/A
AVINE COMERCIAL E AVÍCOLA DO NORDESTE LTDA.
J. Brandão Comércio e Indústria Ltda..
http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_de_alimentos
Nenhum comentário:
Postar um comentário